14 de jul. de 2011

Bidê ou Balde, Cícero

Bidê ou Balde - Adeus, Segunda-Feira Triste

Senhores, a Bidê ou Balde está de volta. Em Adeus, Segunda-Feira Triste - título inspirado na obra de Kurt Vonnegut -, a banda gaúcha traz à tona com força total a ternura e a cafajestagem que permearam os dois primeiros discos da banda. É o que dá pra sentir na sacana "Madonna", que lista em seu refrão os célebres amantes da cantora americana, ou na fofa "(Não Existe Lugar) Mais Longe Que o Japão". "Me Deixa Desafinar", por sua vez, é mais uma das canções irresistíveis e metalinguísticas que a Bidê faz. Ao final, ainda sobra espaço para a mensagem de "Tudo é Preza": nela, apaixonadamente, Carlinhos Carneiro canta que quer "que as canções modernas sejam sempre cheias das palavras certas". Em tempo: além de tudo isso, a banda ainda tem feitos shows históricos por onde tem passado, levando quem os assiste de volta para 2002, 2003. Imperdível.

Cícero - Canções de Apartamento

Primeiro disco solo de Cícero, vocalista da finada banda carioca Alice, Canções de Apartamento passeia por um universo lírico e delicado, que ficou perdido em algum lugar da vida contemporânea. É um convite a adentrar o mundo solitário de um apartamento de 25m², com direito a certas imperfeições que só um som ambiente pode dar, como ele explica no release que acompanha o álbum. Musicalmente, Cícero trafega entre o folk, o rock e a MPB, lembrando ao msmo tempo Caetano Veloso - citado na idílica "Vagalumes Cegos" ("vamos ver um filme/ter dois filhos/Ir ao parque/discutir Caetano/planejar bobagens") - Wilco, Beirut e o Los Hermanos dos últimos discos. As letras do disco acompanham a tônica das melodias, versando sobre relacionamentos ("Açúcar ou Adoçante?"), solidão ("João e o Pé de Feijão") e planos para o futuro. Vale a pena ainda prestar atenção nas referências a Tom Jobim ("Pelo Interfone") e Braguinha ("Laiá laiá").

Nenhum comentário:

Postar um comentário